Aprender a Falar bem em Público
“Ler é aprimorar seus conhecimentos e compreender a vida
ao seu redor”
1- Dá para aprender a falar bem em pouco tempo
• Você já sabe falar. Aprenda a conhecer sua própria comunicação. Use diante do público o
mesmo vocabulário, o mesmo ritmo da fala e a mesma gesticulação que utiliza no seu
dia a dia.
• Fale em público como se estivesse conversando em casa com um grupo de amigos ou
familiares.
• Falar em público é uma conversa, só que um pouco mais animada. Portanto, fale em
público como se estivesse participando com entusiasmo de um bate-papo.
• Adapte o volume da voz ao ambiente e use o vocabulário de acordo com a formalidade da
circunstância e as características dos ouvintes.
• Invista na comunicação. Trata-se de uma das competências mais valorizadas no
relacionamento social e na vida corporativa. É possível aperfeiçoar em pouco tempo sua
própria maneira de se expressar.
2 Fique pronto em menos de 29 minutos
• Antes de começar a falar, saiba qual é o assunto e o objetivo do evento. Para tanto,
descubra o que levou os ouvintes àquela reunião.
• Cumprimente os ouvintes de acordo com a formalidade da circunstância. “Senhoras e
senhores”, “olá, pessoal” ou “bom dia/boa tarde/boa noite a todos” quase sempre serão
suficientes.
• Agradeça o convite para falar ali e explique como a plateia pode se beneficiar com sua
apresentação.
• Com apenas uma ou duas frases, descreva o assunto de que vai tratar.
• Esclareça qual é o problema ou faça um histórico, um retrospecto do tema.
• Apresente a solução, se levantou um problema, ou fale do momento atual, se começou
fazendo referências ao passado. Aqui vale usar exemplos, estatísticas e pesquisas como
reforço de argumentação. Para ilustrar, conte uma história e, se for necessário, refute as
objeções.
• Conclua pedindo a reflexão ou a ação dos ouvintes.
3 Você vai falar daqui a pouco
- Siga o roteiro abaixo se for convidado, de surpresa, a falar quando já estiver no local do
evento:
• Identifique o tema e o motivo da reunião. Saiba por que as pessoas estão naquele local.
• Para iniciar seu discurso, escolha um assunto que domine. Você pode falar de sua
atividade profissional, fazer referência a determinada passagem de um livro ou à cena de
um filme que considera marcante, comentar sobre uma viagem, um fato que tenha
presenciado ou uma notícia que esteja acompanhando.
• Associe esse assunto que conhece bem ao tema principal a ser desenvolvido. Para isso,
use uma ideia de ligação. Por exemplo: “desafio”, “superação”, “dificuldade”, etc.
• Preste atenção nas palavras dos outros palestrantes e faça anotações. Inclua essas
informações na sua fala. Lance mão de ideias de ligação também nesse caso para fazer
associações com o tema principal.
4 Cinco passos para ter sucesso na comunicação
• Conheça o assunto e demonstre domínio do tema a ser apresentado. Quanto mais
conhecimento tiver sobre a matéria que irá expor, maiores serão sua segurança e sua
desenvoltura.
• Ordene bem o raciocínio: tenha uma linha lógica com começo, meio e fim.
• Fale com envolvimento e emoção. Se não demonstrar interesse pelo que fala, não
poderá envolver e interessar os ouvintes.
• Tenha personalidade na voz e na maneira de se expressar. Procure falar sempre um
pouco mais alto do que seria suficiente para que as pessoas o ouvissem.
• Aprenda o máximo que puder sobre os ouvintes e adapte a mensagem de acordo com as
características deles.
• Seja natural e espontâneo.
5 Dicas para criar e elaborar apresentações
- Dedique-se ao momento da criação. Pense nos possíveis temas que pode abordar.
• Escolha o tema e determine de maneira clara os objetivos que pretende atingir.
• Discorra sobre assuntos que conheça bem e que lhe deem prazer. Quanto mais envolvido
estiver com o assunto, mais facilidade terá de falar sobre ele.
• Delimite o assunto aos aspectos que possam ser estudados e desenvolvidos dentro do
tempo disponível para a pesquisa e a apresentação.
• Qualquer que seja o tópico, adapte-o sempre ao interesse e às expectativas dos ouvintes.
Pequenos ajustes ou ilustrações podem ajudar.
• Torne sua apresentação atraente. Se o tema já estiver meio desgastado pelo tempo ou
• Torne sua apresentação atraente. Se o tema já estiver meio desgastado pelo tempo ou
por excesso de uso, adorne-o com uma roupagem mais interessante
6 Organize sua mensagem rapidamente
• Organize a mensagem pensando sempre em facilitar o entendimento dos ouvintes.
• O melhor método é aquele que permite a você usar mais seus conhecimentos.
• Os ouvintes devem achar as informações interessantes.
• Use marcos temporais para ajudar a estabelecer o contexto. Por exemplo, como as
pessoas se dirigiam ao local de trabalho nos anos 1950, qual o meio de transporte que
passaram a usar nos anos 1970 e 2000, qual utilizam nos dias de hoje e o que utilizarão
no futuro.
• Use também marcos espaciais. Fale sobre como o tema se aplica nas diferentes regiões.
Por exemplo, como é a educação na América do Norte, na Europa, na Ásia e na América
do Sul.
• Aborde o tema considerando os problemas que o constituem e as soluções que poderão
ser oferecidas.
• Associe vários métodos para planejar a apresentação e organizar o raciocínio.
7 A melhor técnica para falar em público
-Experimente todas as técnicas que puder e escolha a que julgar mais conveniente.
• Olhe para as anotações como se estivesse pensando, sem se precipitar.
• Leia a frase e depois comente, amplie, discorra. Ao terminar o comentário, leia a frase
seguinte e faça outras observações e considerações. Você se sentirá seguro com o apoio
das anotações e livre para desenvolver o raciocínio diante dos ouvintes.
• Procure segurar as folhas com anotações na altura da cintura.
• Mesmo que decorar a fala seja considerada a pior de todas as técnicas de apresentação,
se você tiver facilidade para memorizar, capacidade de interpretação e jogo de cintura
para contornar algum esquecimento, não haverá qualquer problema em recorrer a esse
artifício.
• Recursos visuais na medida certa também podem servir de apoio.
8 Na hora de expor e aprovar uma proposta
- Antes de apresentar uma proposta, converse pessoalmente “nos bastidores” com os
envolvidos na avaliação dela. Assim, será mais fácil afastar as possíveis resistências.
• Os ouvintes apresentam características peculiares. Procure descobrir a faixa etária, o
nível intelectual e o conhecimento que possuem sobre o assunto. Dessa forma, será mais
simples adequar a mensagem ao interesse e às características das pessoas.
• Avalie se há resistência dos ouvintes. Se ela for em relação a você, mostre conhecimento
e autoridade. Se for relacionada ao assunto, inicie tocando nos pontos com os quais o
público concorda. Se o problema for o ambiente, prometa ser breve na exposição.
• Não use um argumento polêmico para apoiar outro argumento polêmico.
9 Como enfrentar o medo de falar em público
- Como os primeiros momentos da apresentação são os mais difíceis, saiba o que dizer no
início.
• Leve um roteiro escrito como apoio. Mesmo que não sejam utilizadas, as anotações
deixarão você mais seguro.
• Para que o tremor das mãos não seja percebido pelos ouvintes, imprima seu discurso em
uma folha mais encorpada.
• Não tenha pressa para começar. Inicie falando devagar e com volume de voz mais baixo
até se sentir mais confiante.
• Se estiver muito nervoso, no princípio apoie as mãos na mesa ou no encosto da cadeira.
• Converse com colegas de trabalho ou amigos sobre o que pretende apresentar.
• Prepare-se durante o máximo de tempo possível.
10 Três defeitos na comunicação dos profissionais
- Foram indicados vários capítulos neste texto. Quando puder, leia com atenção cada um
deles. São os aspectos da comunicação que mais apresentam dificuldade para quem fala
em público.
• Comece, imediatamente, a combater o medo de falar em público. Ele pode ser vencido.
Para enfrentá-lo, conheça o assunto com profundidade e organize bem o raciocínio, com
começo, meio e fim. Pratique bastante para ter experiência no uso da palavra em público
– aproveite todas as oportunidades para falar nas reuniões da empresa, em sala de aula,
fazendo perguntas nas palestras de que participar como ouvinte. Aprenda a identificar
seus aspectos positivos de comunicação, descobrindo o que sabe fazer bem e quais são
seus pontos fortes.
• Aprenda a dominar o corpo diante da plateia, mantendo a postura e a gesticulação, como
você já faz no dia a dia
11 Evite gestos errados ao falar
- Evite a falta e o excesso de gesticulação. Entre essas duas atitudes desaconselháveis,
prefira a falta ao excesso.
• Alguns gestos considerados desaconselháveis podem ser usados em certas
circunstâncias.
• De maneira geral, evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços nas costas ou
cruzados na frente do corpo. Evite também fazer gestos abaixo da linha da cintura ou
acima da cabeça.
• Procure não deixar as pernas muito abertas, para não tirar a elegância, ou fechadas
demais, para não comprometer o equilíbrio.
• Cuidado para não se apresentar com a cabeça baixa, para não demonstrar excesso de
humildade. E também não deixe a cabeça muito levantada, olhando por cima dos
ouvintes, para não passar ideia de arrogância.
• Com objetivos definidos, você pode se movimentar diante dos ouvintes.
12 Minicurso para você falar bem
-Faça gestos que correspondam ao ritmo e à cadência da fala.
• Olhe para todos os lados da plateia, com moderação. Agindo assim, você observará a
reação dos ouvintes e fará com que se sintam incluídos no ambiente. E quebrará a
rigidez da postura, por causa dos movimentos do seu tronco.
• Procure falar em público com as mesmas palavras que usa no dia a dia. Aprimore o
• Procure falar em público com as mesmas palavras que usa no dia a dia. Aprimore o
vocabulário lendo e anotando as palavras que não conhece ou de cujo significado tem
dúvidas.
• Alterne o volume da voz e a velocidade da fala. Esse ritmo tornará sua comunicação mais
agradável.
• A maioria das pessoas não gosta de ouvir a própria voz gravada. Se for o seu caso, não
se preocupe. Com o tempo, perceberá que só ouvimos a voz gravada de uma forma
diferente porque ela chega até nós pela vibração do ar e, quando falamos, a ouvimos pela
ressonância óssea, produzida dentro da nossa cabeça.
13 Táticas para interagir com os ouvintes
• Faça perguntas para interagir com os ouvintes. Se o assunto permitir e a circunstância
for favorável, as perguntas serão um ótimo recurso de interação.
• Não faça perguntas apenas para demonstrar que sabe mais que os ouvintes. Essa atitude
passa uma imagem antipática, não credita autoridade e cria resistências no público.
• Procure sempre valorizar a resposta dos ouvintes. Você não vai elogiar uma resposta
descabida, mas pode aproveitá-la em sua explicação.
• Ao valorizar uma resposta, você motivará outras pessoas a participar. Elas percebem que
os ouvintes são respeitados e se sentem mais à vontade para interagir.
• Se o objetivo for motivar a participação da plateia, quanto mais simples a pergunta,
melhor.
14 E se disserem o quevocê ia dizer?
Se o palestrante “roubou” suas ideias, aproveite e faça comentários sobre o que ele
disse. Dessa forma, você fará sua apresentação como se estivesse aproveitando
circunstâncias nascidas no próprio ambiente.
• Se o palestrante antecipar as regras que você iria sugerir, fale como elas poderiam ser
quebradas. Analise bem todas as regras que você pretendia utilizar e estude quais
poderiam ser desconsideradas em determinadas circunstâncias. Este é um recurso que
dá bons resultados.
• Tenha sempre algumas histórias de reserva. Se precisar alterar sua apresentação, esses
casos extras serão muito úteis.
• Não entre no horário dos outros palestrantes. Termine no tempo determinado. Para isso,
planeje sua apresentação com diferentes durações. Saiba, antes de iniciar, quais as
etapas que poderiam ser eliminadas ou reduzidas.
15 Sua comunicação deve ser um show
Descubra o que você sabe fazer de melhor e use em suas apresentações. Você sabe
contar piadas ou histórias interessantes? Sabe fazer imitações? Leve para os ouvintes
essas habilidades. Esse é o espetáculo de que a sua apresentação precisa para ser bemsucedida.
• Pratique contar histórias interessantes para amigos e familiares. Essas situações são as
mais adequadas para ensaiar esses ingredientes espetaculares. Se funcionar nos
ambientes mais íntimos, também poderá dar resultado diante dos ouvintes.
• Saiba dosar o show de acordo com o tipo de plateia que terá pela frente. Quanto mais
numeroso e inculto o público, mais espetacular poderá ser a apresentação. Quanto
menor e mais instruído o público, mais moderado deverá ser o espetáculo
16 Escutar é importante. Falar também.
Fale só o necessário. Quem fala além do que precisa ser dito se torna desagradável e
pode se comprometer.
• Não deixe de falar o necessário. Quem não fala o que precisa ser dito pode perder
oportunidades preciosas de se projetar tanto no relacionamento social quanto nos
contatos na vida corporativa. Se você ocupa uma posição hierárquica importante, a
expectativa de seus pares, superiores e subordinados é que não fique calado numa
reunião, mas que participe, conteste e dê sugestões.
• Entenda a importância do silêncio e sinta o prazer de ficar quieto. Aprender a ficar em
silêncio nos momentos certos é uma arte que precisa ser cultivada.
• Saiba escutar. Saiba falar. Esse é o equilíbrio perfeito na comunicação
17 Apresentações para o chefe com o uso de recursos visuais
Só utilize recursos visuais quando quiser destacar as informações importantes, facilitar o
acompanhamento do raciocínio pelos interlocutores e permitir que as informações sejam
lembradas por mais tempo.
• Esteja preparado para falar sem recursos visuais caso tenha algum problema com a
projeção.
• Seja objetivo, especialmente em apresentações para superiores hierárquicos.
• Durante as apresentações, evite ficar olhando para a tela o tempo todo, de costas para
os ouvintes.
• Avise o que vai projetar, projete, olhe para a tela, faça um breve comentário e, fitando os
• Avise o que vai projetar, projete, olhe para a tela, faça um breve comentário e, fitando os
ouvintes, explique com naturalidade as informações projetadas.
• Para produzir um bom visual use a regra do 7 x 7: no máximo 7 palavras por linha. No
máximo 7 linhas por projeção
18 A fala certa do chefe para o subordinado
Não repreenda subordinados em público. Tenha uma conversa particular.
• Não contrarie gratuitamente o chefe em público. Tenha uma conversa reservada.
• Mesmo que o chefe afirme não se incomodar em ser criticado em público, resista. É
quase certo que ele não está sendo sincero.
• Procure sempre a técnica mais apropriada para cada situação. Não é adequado, por
exemplo, o chefe convocar uma reunião e iniciar agradecendo a presença de todos. É
mais coerente valorizar o fato de todos terem chegado no horário. Da mesma forma, não
é apropriado o presidente da empresa prometer brevidade aos subordinados. Neste caso,
é preferível dizer que passará ao grupo apenas algumas informações para esclarecer
bem a questão.
• Por melhor que seja a técnica, analise a necessidade de adaptá-la à circunstância
19 Histórias que podem atrapalhar
As histórias ajudam a ilustrar as mensagens. Além de facilitar o entendimento dos
ouvintes, tornam a apresentação mais leve, arejada e atraente.
• Evite contar as muito manjadas. Se a história for conhecida, basta fazer apenas uma
menção, por exemplo: “... como aquela história da princesa que queria encontrar o
príncipe”. Dessa forma, você a utiliza como ilustração sem passar pelo desgaste de
contá-la novamente.
• Aprenda a colecionar histórias que ouve nas conversas ou encontra nas leituras. Vale a
pena anotar as novas para montar um repertório próprio.
• Só utilize narrativas que podem ser contextualizadas, bem associadas à mensagem.
Mesmo que a história não se encaixe por si só, quase sempre é possível construir pontes
para ela se ajustar ao contexto
20 Dispense os recursos visuais e ganhe tempo
Pense na possibilidade de falar sem o apoio de recursos visuais.
• Observe os bons palestrantes que falam sem o apoio desses recursos. Você vai constatar
que para substituir o show das projeções eles usam com mais ênfase o humor, as
histórias, as novidades, a interpretação espetacular, as pausas expressivas e a
movimentação física.
• Comece falando sem elementos visuais em apresentações curtas.
• No início, apenas reduza a quantidade de aparatos visuais. Não encare essa decisão
como tudo ou nada. Você pode manter uma boa interação com os ouvintes e obter ótimos
resultados apenas reduzindo a quantidade de telas. Só elimine totalmente os recursos
visuais quando tiver certeza de que seu desempenho pode substituir o espetáculo das
projeções.
• Descubra e aperfeiçoe o que você sabe fazer de melhor para cativar o público
21 Não seja prolixo. Fale com objetividade.
Conte logo no início o resultado da sua apresentação. Essa é uma atitude importante
para demonstrar que deseja mesmo ser objetivo.
• Use histórias verdadeiras da vida corporativa para ilustrar o que você diz. Exemplos
extraídos da própria atividade e dos negócios reforçam a linha de argumentação, dão
objetividade e ajudam a esclarecer a mensagem.
• Logo no início prometa ser breve. E procure cumprir esta promessa. Mesmo que não
haja resistência dos ouvintes, eles gostam de saber que a apresentação não consumirá
muito tempo.
• Não inclua informações desnecessárias só para mostrar conhecimento.
• Seja breve, mas não se preocupe apenas em falar pouco. Ser objetivo não significa
necessariamente falar pouco, mas sim falar tudo o que for preciso para conquistar, no
menor tempo possível, o que deseja
22 Cinco regras para ser bom de papo
Seja natural. Essa é uma das regras mais importantes para quem deseja conversar bem.
• Demonstre ouvir com interesse. Use expressões fisionômicas ou palavras indicativas de
que acompanha e se interessa pela conversa.
• Aprenda a contar histórias curtas e interessantes. Essa é uma combinação importante,
pois, numa boa conversa, de maneira geral, não adianta a história ser curta se não for
interessante, nem ser interessante se não for curta.
• Desenvolva seu lado espirituoso e bem-humorado. Esses recursos tornam as conversas
atraentes e instigantes.
• Faça perguntas fechadas (“quem?”, “onde?”, “quando?”) ou abertas (“por quê?”,”como?”,
“de que maneira?”), dependendo do rumo que deseja dar à conversa.
• Tenha interesse verdadeiro pelas pessoas com quem conversa
23 Aprenda a puxar conversa no elevador
Quando entrar no elevador, cumprimente os passageiros. Um cumprimento simpático
pode tornar as pessoas mais receptivas.
• Fale sobre os objetos que elas estão levando. Sacolas de supermercados, livros e
aparelhos eletrônicos são itens que ajudam a iniciar uma conversa.
• Comente sobre as flores, mas sem perguntar quem será ou foi presenteado.
• Converse sobre o comportamento das crianças acompanhadas dos adultos. Talvez não
exista nada melhor para entabular uma conversa do que fazer comentários sobre as
crianças. As resistências desaparecem como por encanto quando alguém faz referência a
elas. Não é recomendável perguntar algo diretamente aos pequenos, que, em geral,
ficam arredios diante de estranhos.
• Se as pessoas não estiverem de bom humor, dificilmente haverá clima para uma
conversa; prefira ficar quieto
24 Quem manda são os ouvintes
Obtenha todas as informações que puder sobre os ouvintes. Você pode levantar esses
dados com antecedência ou pouco antes da apresentação, perguntando ao organizador
do evento.
• Planeje suas apresentações de acordo com a plateia. Se o público for
predominantemente jovem, fale do futuro, de planos, de desafios. Se for
predominantemente idoso, fale do passado, de experiências que possam ter vivido.
• Não trate assuntos com profundidade se os ouvintes forem leigos na matéria. Da mesma
forma, não aborde o assunto superficialmente se a plateia for constituída de
especialistas.
• Às vezes há necessidade de fazer adaptações de acordo com as reações e as
características não previstas dos ouvintes. Por mais bem planejada que seja uma
apresentação, quase sempre será preciso efetuar mudanças no plano inicial.
25 Ruídos que matam a comunicação
Elimine o gerundismo da sua comunicação. Há formas mais elegantes de se expressar.
• Afaste os “né?”, “tá?”, “ok?” e outros vícios do final das frases.
• Combata também o vício de dizer “ããããã”, “ééééé” nas pausas. Para isso, é preciso
esperar em silêncio até que a palavra surja.
• Evite ainda o excesso de “então” e “na verdade”.
• Cuidado com alguns modismos que chegam e se instalam, sem cerimônia, na
comunicação. É o caso do irritante “tipo assim”. É ainda mais desagradável quando
utilizado por adultos que lançam mão desses artifícios para parecerem mais jovens.
• Não é proibido usar “né?”, “tá?”, “na verdade”, “então” e outros, desde que sem exagero
e dentro do contexto da comunicação
26 Seja um comunicador irresistível
Conjugue diversos aspectos da comunicação para ser bem-sucedido. É importante haver
harmonia entre voz, vocabulário, expressão corporal, conteúdo e organização do
raciocínio.
• Sua voz precisa ter personalidade, mesmo que ela não seja muito bonita. Fale num bom
volume, pronuncie bem as palavras e mantenha um ritmo agradável, alternando o volume
da voz e a velocidade da fala.
• Tenha um vocabulário amplo, para dar fluência à fala. Evite palavrões, gírias e os vícios
como “tá?” e “né?”. Não se preocupe em falar com termos incomuns. Reserve o
palavreado técnico apenas para falar com quem atue na mesma atividade.
• Procure gesticular de forma moderada. Lembre-se de que é melhor a falta que o
excesso.
• Seja simpático e mantenha o semblante expressivo. Se o momento permitir, sorria
27 Como conquistar os ouvintes
Use em público as mesmas habilidades que o tornam interessante diante dos amigos.
Observe como agem os camelôs para reunir todas aquelas pessoas ao redor deles e
vender os produtos que desejam.
• Aperfeiçoe o que já sabe fazer para dar um espetáculo ainda melhor. Talvez algumas
competências estejam latentes, esperando uma oportunidade para serem utilizadas e
melhoradas.
• Seja ousado e não tenha receio de tornar sua apresentação leve e atraente. Esse teste
deve ser feito em ambientes que não apresentem tantos riscos, como no relacionamento
com amigos e familiares. Se der certo nesses locais de convivência mais íntima e
informal, provavelmente dará certo também diante do público.
• Histórias, piadas e imitações são habilidades que podem ser desenvolvidas e
aprimoradas com estudo, experiência e dedicação
28 Expressões mágicas ajudam a encerrar
Use o tom de voz para demonstrar que está finalizando. Para encerrar, você pode
aumentar o volume da voz e a velocidade da fala, ou, ao contrário, o que é ainda mais
comum, diminuir o volume da voz e a velocidade da fala.
• Evite encerrar com expressões batidas como “era isso que eu tinha para dizer”. São
frases vazias, inconsistentes, que tiram o brilho da apresentação.
• Se sentir certa inconsistência na hora de encerrar, use estas palavras e expressões que
levam naturalmente à conclusão: “assim sendo”, “espero que...”, “dessa forma”, “com
isso”, “portanto”.
• Para encerrar, utilize um ou alguns destes recursos: instigue uma reflexão, use uma
citação ou uma frase poética, peça alguma ação, elogie com sinceridade os ouvintes,
aproveite um fato bem-humorado, provoque arrebatamento.
•Ah, e mesmo que não tenha ido muito bem, não revele no final seu descontentamento à plateia
29 Evite riscos e melhore suas apresentações
Não olhe apenas na direção do ouvinte que se mostra resistente. Distribua o contato
visual para todas as pessoas.
• Também não olhe apenas na direção do ouvinte que se mostra amistoso. Por causa da
insegurança natural de falar em público, de maneira geral nos escravizamos àquele que
nos dá retorno positivo, balançando afirmativamente a cabeça. Também nesse caso
devemos continuar olhando para todos os que estão na plateia.
• Avalie com antecedência as objeções que poderá enfrentar e prepare a refutação
• Avalie com antecedência as objeções que poderá enfrentar e prepare a refutação
adequada. Uma boa forma de prever as objeções é discutir com o grupo de trabalho
quais as resistências que poderão ser encontradas. Depois, debata com seus
companheiros qual a melhor saída para cada tipo de objeção
REINALDO POLITO
Professor de Expressão Verbal, palestrante e escritor.
Mestre em Ciências da Comunicação.